sábado, 26 de dezembro de 2015

Filmes preferidos em 2015

Já que fiz uma lista dos meus CDs porque não uma dos meus filmes preferidos lançados em 2015?


5. Perdido em Marte

No final de 2014 comprei o livro Perdido em Marte por causa de sua belíssima capa (e do assunto). E, para minha surpresa, este se tornou um dos meus livros preferidos da vida. Bem humorado, bem escrito e calcado em ciência real, este "naufrago em Marte" me conquistou a partir da primeira página.
Eu estava meio ressabiado sobre o filme, uma vez que seu diretor, Ridley Scott, não vinha de uma boa sequência (Prometheus, argh!), mas novamente foi surpreendido. O filme captura bem a essência da história e é uma excelente transposição de mídia.

4. Creed


Assisti em 2016, mas como o filme é de 2015, resolvi incluir na lista. Creed é para mim a melhor continuação de Rocky - Um lutador. E isso, em uma série com excelentes sequências - basicamente todas, com exceção do quinto filme - não é pouca coisa.

3. Star Wars - Force Awakens

Depois das porcarias de filme que foram os da segunda trilogia, a principal preocupação da Disney e de J.J. Abrams com certeza era devolver às pessoas o amor à franquia. E fizeram isso de forma curiosa, através de uma continuação meio remake. 

Spoilers abaixo.

O Despertar da Força é o Nova Esperança retrabalhado, contendo trechos dos episódios V, VI... e até do III. Ou seja, basicamente é um Star Wars Greatest Hits. Entretanto, J.J. e sua equipe conseguiram um resultado incrível, transformando essa colagem de situações passadas em algo novo, divertido e apaixonante.
O principal trunfo do filme foram, sem dúvida, seus personagens. Todos foram tão bem escritos e interpretados que acho até difícil apontar destaques, mas gostaria de falar um pouco sobre o Kylo Ren. Sabendo que era impossível criar um vilão mais icônico do que Darth Vader, os produtores seguiram um caminho interessante, o de mostrar um vilão em formação, imperfeito. Kylo tenta se parecer com Vader, mas ainda é imaturo e ansioso, como Anakin era no passado. Ao contrário de Vader que só tem sua máscara removida ao fim do VI, quando tem sua humanidade restaurada, Kylo que ainda não foi totalmente dominado pelo lado negro, aparece em muitos momentos sem máscara. E sua cena de entrega final ao lado negro não poderia ser melhor. Impactante, bem escrita e dirigida, remete à vários momentos da saga ao mesmo tempo: Vader matando Obi Wan, sua figura paterna, no IV; Luke contra Vader no V; e Luke contra Vader no VI, quando, ao contrário de Kylo, Luke não mata seu pai e se torna um jedi. Além do mais, de que outra forma os produtores fariam os espectadores odiarem e temerem um vilão a não ser fazendo ele matar um dos personagens mais amados da franquia? Sem dúvida a melhor decisão do filme.
Além disso, o humor e a aventura foram na medida certa. O tom do filme não poderia ser melhor e remete justamente aos clássicos. 
Infelizmente, o roteiro tomou uns atalhos desnecessários. O mais óbvio é a Estrela da Morte 3, ou Base Starkiller. Ok, entendo a necessidade de mostrar a Primeira Ordem como algo a se temer tanto quanto o Império e retornar o Status Quo da história a mais ou menos como estava no IV... mas não dava pra ser um pouquinho mais criativo? E poxa, serio que tão rápido descobriram como destruir a base? E tinha que ser DE NOVO da mesma forma? Esse detalhe me incomodou demais.
Mas enfim, O Despertar da Força tem muitos problemas de roteiro, mas possuí personagens tão fortes e cenas tão divertidas, que já nasceu um novo filme clássico da saga.

2. Ex Machina

Uma das melhores ficções científicas que vi em muito tempo. Inteligente e muito bem escrito, esse é para mim um dos grandes filmes sobre inteligência artificial já feitos. 
Além do texto incrivelmente profundo, todos os aspectos do filme são impecáveis. Direção, direção de arte, efeitos especiais, atuação, trilha sonora... tudo funciona absolutamente bem. Um pequeno filme perfeito.


1. Mad Max - Fury Road

E será que tem alguém no mundo que não amou esse filme?
Sempre achei que seria um bom filme, nunca imaginaria que seria tanto! Fury Road não só retomou uma franquia como atropelou os filmes antigos e se tornou um marco para os filmes de ação.
Além da insanidade da ação, filmada em sua maioria com efeitos práticos e com uma fotografia sempre maravilhosa, Fury Road traz um roteiro enxuto, porém poderoso. Apesar de praticamente não ter diálogos o filme consegue contar uma história maior do que parece, a princípio. 
George Miller foi inteligente ao usar imagens, ao invés de palavras, para contar uma história sobre empoderamento feminino em meio à um filme de perseguição de carros, e criou tantos quadros belíssimos e icônicos que o filme é uma obra de arte dentro de um blockbuster.
Não tinha como ser diferente, Fury Road é de longe o meu filme preferido de 2015.

Outros destaques: Jogos Vorazes: A Esperança parte 2, Missão Impossível: Nação Secreta, Divertida Mente, What we do in the shadows, It Follows, Kingsman.

Melhores filmes de outros anos que assisti pela primeira vez em 2015: O Predestinado (2014), Coherence (2013).



quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

2015 não teve top 10

Não sei se já estou ficando velho rabugento, mas neste ano não teve nenhum álbum que eu realmente tenha amado. Não como em anos anteriores, pelo menos. Claro que curti muitas músicas novas, mas não teve nenhum CD que tenha de fato explodido minha cabeça.
Enfim, abaixo vai meu TOP 5 (sem ordem) dos CDs lançados em 2015.

 Ghost - Meliora

O problema aqui foi o alto nível que me acostumei com os álbuns anteriores do Ghost.
Meliora tem algumas músicas excelentes como  From the Pinnacle to the Pit e Deus in Absentia, mas pela primeira vez na carreira dos caras achei que algumas faixas estão lá só para encher linguiça.
Não que eu chegue a pular alguma, mas não dá para afirmar que este CD seja tão consistente quanto o Opus Eponymous ou o Infestissumam.
Porém, se na comparação consigo mesmo o Ghost fique abaixo do esperado, quando comparado com CDs de outras bandas, Meliora merece ter destaque.
 Graveyard - Innocence & Decadence

Passei mais de um mês odiando este álbum. Depois, ao ler inúmeras resenhas entusiasmadas sobre ele, resolvi dar mais uma chance.
Descobri que não era o CD todo que eu odiava, apenas suas quatro horríveis baladas. Como elas estão espalhadas pelo trabalho, acabavam comprometendo toda a minha avaliação sobre ele.
Ao eliminar essas faixas da minha playlist descobri que Innocence & Decadence é mais um excelente registro do Graveyard, que para mim é, de certa forma, o novo Motorhead (não estou dizendo que o som das bandas seja parecido, mas sim sua pegada e amor pelo rock'n'roll mais visceral).
 Marilyn Manson - The Pale Emperor

Maior surpresa da lista. Depois de 3 ou 4 álbuns horrorosos eu não esperava mais nada do Antichrist Superstar e acabei ouvindo este cd mais por inércia mesmo.
E não é que ele é bem legal? Claro, muito distante da "trilogia" Antichrist, Mechanical e Holy Wood, mas The Pale Emperor é um cd bem divertido, com ótimos momentos como "Third Day of a Seven Day Binge", "The Devil Beneath My Feet" e principalmente "The Mephistopheles of Los Angeles", provavelmente a música que mais ouvi este ano.

Puscifer - Money $hot

Outro álbum que nas duas ou três primeiras vezes que ouvi achei ruim. Só que quando percebi já estava ouvindo sem parar havia semanas.
Fora Simultaneous, que é insuportável, a grande característica de Money $hot é a homogeneidade da qualidade de suas músicas. Não há nenhum destaque, porém o nível é mantido sempre alto em todas as composições (com a exceção já citada).
A pegada do CD lembra bastante o do anterior, Conditions of my Parole, de 2011, porém faltou um certo "quê" que dava um charme especial para aquele trabalho.


Baroness - Purple

Não sei porquê acontece, mas o fato é que sempre que escuto um novo álbum do Baroness, minha primeira reação é odiar.
Com Purple não foi diferente, mas na terceira ou quarta audição já me tornei fã do trabalho.
Não achei nem de perto um álbum forte como os dois anteriores, mas Purple carrega todo aquele peso e melodia característicos da banda.
Assim como o Ghost, o problema do Baroness foi o patamar elevado alcançado anteriormente.
A banda vinha em um crescente desde Red e me pareceu que pela primeira vez não conseguiu se superar.
Ainda assim, o álbum é Baroness puro. E só por isso merece destaque dentre os lançamentos do ano. De todos os álbuns que comentei aqui, acredito que esse é o que tem maior probabilidade de "crescer" com o tempo.





Outros álbuns que curti em 2015: Skills in Pills (Lindemann), Dodge and Burn (Dead Weather), Hoffnung (Lacrimosa), Zipper Down (Eagles of Death Metal).

Quais foram os seus CDs preferidos de 2015?